Criticando - Par Perfeito
"Killers"
Direção: Robert Luketic
Ano: 2010
Comédia, até certo ponto romântica, “Par Perfeito” traz Ashton Kutcher e Katherine Heigl como o casal título da atração. Atração essa, fácil demais. Sim, fácil no sentido pejorativo da palavra, afinal, tudo acontece tão facilmente que em certos momentos até mesmo a capacidade de entretenimento da comédia é posta em cheque, e o espectador se sente subestimado em relação ao que pode ser ou não aceitável em uma produção do gênero.
Quando a simpática e extrovertida Jean (Katherine Heigl) conhece Spencer (Ashton Kutcher) ela pensa ter encontrado o namorado perfeito. Porém, Spencer, apesar de educado e inteligente, é na realidade um assassino de aluguel contratado pelo governo para eliminar os “vilões” da história. O rapaz decide então se aposentar e se casar com Jean. Anos mais tarde, quando tudo está perfeito e o casal vive a vida que sempre sonhou, Spencer, após receber uma ligação de seu antigo chefe, se vê envolvido em uma trama que tem como objetivo assassiná-lo.
Inicialmente Heigl se mostra encantadora e muito divertida em sua personagem, é impossível não se divertir com suas trapalhadas enquanto conhece seu par perfeito. Já Kutcher, se não frio, constrói um personagem bem morno que, mesmo tendo uma certa química com Heigl, não traz nada de novo ou de interessante.
A partir do momento em que o casal passa a se defender daqueles que estão tentados assassiná-los, tudo se torna extremamente fácil, e é claro, sempre com aqueles incessantes clichês humorísticos. De um momento ao outro, Jean, após algumas tentativas engraçadas, se torna uma atiradora nata ao lado do marido que mesmo após anos sem exercer a profissão, se mostra incrivelmente em forma, matando a todos aqueles que estranhamente passam a caçá-lo, seja este um amigo, uma vizinha, ou uma amiga da esposa. Mas realmente, nada se compara ao grande final, no qual, tudo não passou de um equívoco já que tais tentativas de assassinatos foram na verdade encomendadas pelo pai (também um ex-agente secreto) da moça que infiltrou agentes na vida da filha para usá-los caso Spencer se tornasse perigoso ou violento. O sogro imaginou que havia chegado o momento de utilizá-los, sem pensar que Spencer recusou a proposta de seu antigo chefe, que fora expulso do governo anos antes. Tudo é claro, acontece de maneira incrivelmente simples e surreal.
Um roteiro aguado, personagens vazios e caricatos, além do tradicional toque, às vezes engraçado e às vezes ridículo de humor extremamente comum ao gênero, fazem deste um filme totalmente irrelevante se consideramos comédia como algo a mais do que um par de rostinhos bonitos se envolvendo em trapalhadas sem sal.
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Danilo. Apaixonado por cinema. Desde Sempre. Estudante de Cinema e Audiovisual. “A luz produzia sons, a melodia gerava luz, as cores tinham movimento porque eram vivas; e os objetos eram a um tempo sonoros, diáfanos e suficientemente móveis para penetrar-se uns aos outros e percorrer num átimo toda a extensão”.
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