Criticando - Contra o Tempo
"Source Code"
Direção: Duncan Jones
Ano: 2011
Como vocês já devem ter percebido, não sou exatamente fã de filmes de ação. Pelo menos não daqueles que prezam por uma sucessão de cenas violentas que no final dão lugar a um desfecho feliz em uma praia em qualquer lugar do planeta. Obviamente, “Contra o Tempo” não se encaixa na descrição acima. Ao contrário, o filme é redondo, bem contornado e, definições científicas a parte, constrói um roteiro bastante interessante, mantendo um ambiente de tensão durante todo o enredo.
Jake Gyllenhaal interpreta o Capitão Stevens que, repentinamente, acorda no corpo de um homem que não conhece em um trem de Chicago que está prestes a sofrer um atentado. “Código-fonte” é o nome do programa cientifico que permite a troca de corpos, controlado pelo governo dos Estados Unidos que agora exige que Stevens descubra quem está por trás do atentado.
Os personagens que contornam a história do protagonista e que acabam, de maneira sutil, levando a história adiante, são interpretados por Vera Farmiga, Jeffrey Wright e Michelle Monaghan. Os dois primeiros, militares responsáveis pela missão do “Código-fonte”, porém com um diferencial: Goodwin (Farmiga), não tem uma personalidade forte (nem para o “bem” nem para o “mal”, diga-se de certo modo), mas se sente sensibilizada e tem consciência de que, apesar de ser revolucionário, tal projeto pode também ser prejudicial, principalmente para Stevens, se opondo ao Dr. Ruthledge (Wright) que se mostra rude e convicto em cumprir seus objetivos custem o preço que custar. Já Michelle Monaghan, interpreta Christina Warren, uma personagem muito interessante. No decorrer da história ela se torna uma fonte de coragem e força para o capitão, tudo de maneira muito leve e despretensiosa, acentuado é claro, pela arrebatadora beleza de Michelle.
Gyllenhaal convece e se adapta muito bem ao seu papel e, apesar de não ser um personagem denso psicologicamente, passa muito longe dos canastrões dos filmes de ação dos anos 90. Farmiga também está indiscutivelmente bem, assim como Michelle Monaghan que mesmo não tendo interpretado muitos personagens marcantes em sua carreira, faz deste, um papel pontual para o roteiro da trama, ainda que de maneira muito perspicaz.
Duncan Jones, também diretor de “Lunar”, consegue então estruturar o clima de suspense apoiado em um roteiro que instiga o espectador e não se perde dentro da própria história nem recorre à situações desnecessárias ou irrelevantes. A fotografia é incrivelmente bem trabalhada, assim como trilha sonora e os efeitos especiais. Ambos sem exageros. Aliás, pode-se dizer que o filme, mesmo tratando de uma história comum à ficções científicas, não é de exageros, e traz ao espectador entretenimento da mais alta qualidade.
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Danilo. Apaixonado por cinema. Desde Sempre. Estudante de Cinema e Audiovisual. “A luz produzia sons, a melodia gerava luz, as cores tinham movimento porque eram vivas; e os objetos eram a um tempo sonoros, diáfanos e suficientemente móveis para penetrar-se uns aos outros e percorrer num átimo toda a extensão”.
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Eu Já vi esse filme muito bommm. Recomendo.