#música - Julieta Venegas, Tuve para dar
Tuve para dar, Julieta Venegas
Direção: Yvonne Venegas e Gregory Allen
2013
★ ★ ★ ★ ★
Divertido. Insano. Singelamente caótico. Irônico. Acompanhando o ritmo pegajoso e trivial de Tuve para dar da mexicana Julieta Venegas, vemos cenas de violência urbana enquanto a letra apresenta uma justificativa para tal comportamento: "Alegrias tive para dar, não pense que sempre fui assim" - frase que marca o início do refrão.
Entre as amostras de violência, encontram-se discussões entre motoristas, moradoras de rua, colegas de trabalho, amigos, casais, os quais parecem caminhar gradualmente para a mesma direção, juntamente às duas protagonistas do curta, Julieta de verde e uma outra moça de vermelho. Tudo é mostrado em slow motion e cores fortes e desbotadas, tornando a atmosfera, não apocalíptica, mas singelamente caótica e ironicamente insana.
Finalmente, somos conduzidos a um grande galpão, onde, em um primeiro momento, todos os personagens anteriores estão vestidos de preto e se agredindo, até o instante em que um ato de bondade de Venegas, que ao estar também envolvida na confusão levanta uma das moças caídas no chão em um gesto de amizade, poe fim à pancadaria. No instante seguinte, vestidos de branco, todos começam a dançar.
A mensagem não poderia ser mais simples e direta: um retrato cru de nossas atitudes muitas vezes violentas e impensadas. Uma sociedade cheia de ódio e ressentimentos, cada vez mais insensível e automática. É indispensável repensar tais atitudes e encontrar um caminho novo, uma nova filosofia... Que, poderia ser, porque não a música ou a dança, a exemplo da solução encontrada no clip.
Tuve para dar é o primeiro single do albúm Los momentos lançado no início deste, o sétimo da ganhadora do Grammy e do Grammy Latino, Julieta Venegas, lançado no início deste ano.
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Além das resenhas cinematográficas, pretendo postar também um comentário de forma resumida e direta abordando - segundo a minha opinião - os...
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Danilo. Apaixonado por cinema. Desde Sempre. Estudante de Cinema e Audiovisual. “A luz produzia sons, a melodia gerava luz, as cores tinham movimento porque eram vivas; e os objetos eram a um tempo sonoros, diáfanos e suficientemente móveis para penetrar-se uns aos outros e percorrer num átimo toda a extensão”.
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